Apesar de o autoconhecimento ser essencial para quem quer ter sucesso no mundo dos negócios, é muito comum as pessoas quererem “pular” essa parte. “Vamos direto ao que interessa”, aos números, às ferramentas práticas, às estratégias. Missão, visão e valores ficam pendurados na parede, quando muito, mas não fazem o menor sentido nem pro dono, nem pros funcionários.
Você já presenciou algo assim?
No Brasil, 90% das pessoas são infelizes no trabalho, segundo a pesquisa realizada pelo consultor de carreira Fredy Machado. Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com depressão no mundo e, no Brasil, 11 milhões de pessoas (6% da população) são diagnosticadas com depressão.
Nossa, mas por que trazer um assunto tão trágico pra falar de empreendedorismo? Credo, que mórbido! O que tem a ver depressão, autoconhecimento com o meu negócio? Antes que você desista de continuar lendo, responda algumas perguntas pra você mesma (mas seja sincera, por favor!):
- Você é feliz fazendo o que faz?
- Imaginando que ainda não é, se fosse feliz, como seria?
- Como seria a sua realidade, sua vida, seu negócio (ele existiria ainda?), seu relacionamento, onde moraria, o que estaria fazendo?
Deixa eu te contar uma coisa: existem inúmeros fatores na vida de cada pessoa para chegar a uma situação de depressão. Mas uma delas, sem dúvida, pode ser a falta de realização profissional, seja como funcionário CLT ou como empreendedora.
“Existem inúmeros fatores na vida de cada pessoa para ficar em depressão. Uma delas, sem dúvida, pode ser a falta de realização profissional.”
Por que o empreendedorismo é tendência?
O que acontece e vem acontecendo com cada vez mais frequência, é que as pessoas frustradas com o mundo corporativo, decidem criar sua própria empresa, com seu próprio jeito de fazer.
No caso das mulheres, infelizmente, isso não é algo lúdico e bonito na maior parte das vezes, porque vem acompanhada da hostilidade de não conseguir um emprego formal quando começa a maternidade ou depois dela. Nesse caso, por ser uma situação de necessidade, às vezes fica difícil enxergar um propósito ou se permitir realizar um sonho.
“75% das mulheres começam a empreender por causa da maternidade”
Autoconhecimento é prestar atenção
O grande lance é que o start inicial de “chutar o balde” e fazer do seu jeito, muitas vezes é o que vai te salvar de uma vida frustrada (inclusive as mamães) que poderia desencadear uma depressão ou algo muito pior. Mas de nada adianta se este for apenas o start.
Quando chega esse momento, é porque chegamos ao nosso limite, é um grito de vida querendo pulsar e é um dos momentos mais importantes para se ouvir e fazer essas perguntas que fiz ali em cima.
“Chutar o balde pode ser o começo de tudo”
Sabe quando o painel do carro avisa que o tanque entrou na reserva ou que o óleo está baixo? O que acontece se você ignorar esses avisos? Cooom certeza grande problema lá na frente, concorda?
Por isso, não podemos pular os avisos: ansiedade, angústia, tristeza, frustração, sentimento de vazio. Eles estão dizendo que tem algo errado com o que você está fazendo na vida. É preciso investigar de onde vem essa aflição e mergulhar fundo (se estiver pronta pra isso).
Portanto, insisto: volte nas perguntas e acrescento mais algumas aqui, caso tenha vontade de aprofundar um pouco mais: se dinheiro não fosse problema, o que você faria todos os dias? O que seria essa “coisa” que te daria gosto de vida, por ser quem você é? O que não pode faltar de jeito nenhum nos seus dias, na vida?
NÃO PULE ESSAS PERGUNTAS! Escreva as respostas em um papel e vá fundo nos sentimentos e sensações que surgirem. Você verá que existem coisas INEGOCIÁVEIS! Aquilo que não pode faltar é a essência dos valores que você carrega.
Vamos falar de negócios!
Agora falando da sua empresa (finalmente!), lembra aquela placa que a gente vê empoeirada com missão, visão e valores? Na verdade, a sua empresa não precisa ter uma placa, mas ela precisa manifestar aquilo que você verdadeiramente acredita com paixão e vive todos os dias.
O Instituto Padma nasceu de uma crise existencial e de uma “chutada de balde” em 2017. Hoje, ainda fazemos essas perguntas e elas sempre nos guiam a aprimorar nossa rota e a “parar no posto de gasolina” pra abastecer aquilo que alimenta nossa alma, porque é comum a gente se perder no caminho. Mas uma coisa garanto a você, querida leitora, vivemos diariamente nossos valores na pele, nas nossas escolhas, nas nossas campanhas e em tudo que oferecemos às nossas clientes. Isso é a base do que fazemos e somos muito orgulhosas por isso.
Se você ainda se sente perdida, não se preocupe e nem se assuste. Podemos te ajudar a pensar nessas perguntas juntas. Entre em contato.